Educação nórdica: a igualdade de gênero na sociedade finlandesa
Após cinco artigos abordando a temática da educação nórdica, chegou a hora de falarmos da Finlândia!
Conhecendo um pouco sobre o país
A Finlândia é um país europeu localizado na região norte do continente e tem como capital a cidade de Helsinque, que fica ao sul do país. A Finlândia teve a sua independência declarada em 6 de dezembro de 1917, antes disso, fez parte da Suécia por seis séculos e foi um grão-ducado da Rússia durante 108 anos.
Atualmente, a Finlândia possui mais de 5,5 milhões de habitantes, um alto padrão de educação e saúde. Além disso, desde 2018 a Finlândia se destaca como o país mais feliz do planeta, e esse sucesso, de acordo com artigos e pesquisas, é graças ao seu governo, que é considerado o menos corrupto, à existência de liberdade política e civil, ao respeito aos direitos das crianças, ao equilíbrio entre vida e trabalho, à liberdade de imprensa e à igualdade de gênero.
Igualdade como valor em destaque
Na cultura finlandesa, valores como igualdade e inclusão são importantíssimos e devem ser sempre praticados. A preocupação do povo finlandês é garantir que todos tenham oportunidades de desenvolvimento iguais.
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Os finlandeses pensam em promover a igualdade desde o nascimento do bebê e sabe o que é muito interessante? Lá são distribuídas caixas como parte do atendimento pré-natal para cada família finlandesa, contendo dentro delas roupas, cobertores e vários itens para o bebê. Além disso, a própria caixa funciona como um bercinho para o recém-nascido. Isso tudo tem como objetivo permitir que todos tenham um início de vida de qualidade e igualitário.
Outro ponto que é muito discutido ao redor do mundo é a igualdade referente ao gênero, questão muito relevante para os finlandeses. Isso pode ser observado, por exemplo, no idioma finlandês que apresenta apenas um pronome pessoal de gênero: hän, que é uma palavra considerada neutra, podendo significar “ele” ou “ela”. Segundo uma matéria apresentada pelo site “This is Finland”, hän é uma palavra que existe no idioma finlandês já há muitos anos, antes até do primeiro livro de gramática publicado em 1543.
Um destaque importante é que no início do século XX, em 1906, a Finlândia reconheceu o direito de voto das mulheres e a possibilidade de se candidatarem a cargos políticos, sendo assim o primeiro país Europeu a fazê-lo. No ano seguinte, dezenove mulheres foram eleitas para o parlamento e em menos de dez anos depois entrava para o governo a primeira mulher Ministra, Miina Sillanpää, uma mulher que dedicou grande parte de sua vida em busca de valores como igualdade e justiça.
A Finlândia foi desde então pioneira na igualdade de gênero e em 2019 o governo Finlandês elegeu a primeira ministra mulher mais jovem do mundo, Sanna Marin, líder de um governo de coligação que juntou cinco partidos, todos eles também liderados por mulheres. Contudo, mesmo com todos os esforços, ainda existem problemas que se mantêm, e a desigualdade salarial é uma delas. Por isso, desde os anos 90, cada governo que assume é responsável por apresentar um plano de ação especificamente focado no combate às desigualdades de gênero.
Mesmo ainda existindo desigualdades de gênero e melhorias que podem ser feitas, a Finlândia está entre os países com maior igualdade de gênero, fazendo parte de um grupo que inclui também a Suécia, Dinamarca, os países baixos e a França. Servindo assim, como exemplo para os demais países na luta pela igualdade.
Reflexo na educação
A preocupação da Finlândia em alcançar uma sociedade referência em igualdade de gênero reflete na educação. Quando suas ações giram em torno da igualdade, meninos e meninas têm acesso às mesmas oportunidades. Nesse sentido, as escolas finlandesas superam os estereótipos de gênero e permitem que seus estudantes sejam quem são sem se preocuparem com rótulos.
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