6 regras importantes da língua portuguesa
6 regras simplificadas do português
Artigo escrito pela professora Natália Ricardo
É sabido que absorver todas as regras do português de uma só vez é um desafio muito grande. Pensando nisso, decidimos escrever esse post elencando os temas que são mais confusos para os nossos estudantes.
Faz-se importante mencionar que há diversas vantagens em dominar as regras da língua portuguesa, ainda que pareçam um pouco densas no primeiro momento. Além da nossa maneira de falar sofrer modificações, a escrita tende a ficar mais enriquecida.
Sendo assim, leia com muita atenção esse post e, em seguida, indique para seus amigos. É ótimo compartilhar conhecimento, sem contar que um poderá ajudar o outro em momentos de dúvidas.
Mal x Mau
Esses dois encabeçam a nossa lista. Além de trazerem incertezas no ato da escrita, estão sempre presentes em provas e concursos públicos.
Mau é um adjetivo, logo, atribui uma característica ao que está sendo dito. Quando você quiser saber qual se encaixa melhor em uma frase, basta fazer esse exercício.
Veja os exemplos a seguir:
- Ele é um homem muito mau.
- Cristiano é um mau amigo.
- Eu tive um mau pressentimento sobre a nossa viagem.
Notem que, se substituirmos o adjetivo “mau” por “bom”, a frase não perderá o sentido.
- Ele é um homem muito bom.
- Cristiano é um bom amigo.
- Eu tive um bom pressentimento sobre a nossa viagem.
Mal possui diversos significados. Dependendo da frase, pode ser um advérbio, conjunção ou substantivo. Como advérbio, ele é antônimo de bem.
Observe as frases abaixo:
- Ela ligou avisando que estava se sentindo mal.
- Ela mal sabe o que a espera.
- Ela me tratou muito mal hoje pela manhã.
Notem que, se substituirmos o advérbio “mal” por “bem”, a frase não perderá o sentido.
- Ela ligou avisando que estava se sentindo bem.
- Ela bem sabe o que a espera.
- Ela me tratou muito bem hoje pela manhã.
Uso do plural
À medida que passamos mais tempo na internet, podemos nos acostumar com o estilo informal e desconsiderar os plurais. Contudo, visando êxito nas provas, é preciso ter em mente o uso adequado do plural.
Seja na vida profissional ou na acadêmica, é preciso ter muita atenção para não reproduzir alguns vícios.
Vale destacar que algumas palavras na língua portuguesa não flexionam quando estão no plural, conforme o exemplo a seguir:
- Ele está vendendo dois apartamentos tríplex.
Em contrapartida, se a palavra a ser usada na frase não termina com a letra ‘x’ conforme o exemplo acima, é preciso entender algumas regras para flexionar as palavras adequadamente.
Veja as sentenças abaixo:
- Ele vai à academia todas as segundas-feiras.
- Ela pretendia comprar dois ares-condicionados: um para o quarto e outro para a sala de estar.
Lembre-se que a linguagem utilizada na internet nem sempre é bem-vinda em provas e concursos.
Utilização do verbo haver
O verbo acima é um dos verbos que mais causam confusão na resolução de provas.
Isso se dá porque quando o verbo haver der a entender o sentido de existência ou acontecimento, ele não deverá ser flexionado.
Observe os exemplos abaixo:
- Houve imprevistos na chegada do presidente.
- Houve mudanças climáticas bruscas.
Se em alguns dos casos acima estivesse escrito “houveram”, a resposta estaria errada.
Uso da crase
Sim, a temida crase não poderia faltar nesta lista!
Como sabemos que ela pode causar estresse em alguns momentos, seguem abaixo algumas regras:
- A crase só pode ser utilizada diante do substantivo feminino.
Ex.: Ele foi ao mercado.
Ela foi à padaria.
- A crase deverá ser empregada quando houver uma menção a horário.
Ex.: Maria chegará às 13h.
Ele chegou ao meio-dia.
- A crase deverá ser usada quando houver expressão de lugar, modo e tempo.
Ex.: José saiu às pressas para pegar o ônibus.
Cabe mencionar que o uso da crase pode ser opcional em algumas situações, como antes de pronomes possessivos ou nomes próprios, por exemplo.
Ex.: Cedi o assento à minha prima.
Cedi o assento a minha prima.
O uso da vírgula
Eis outro desafio!
Tendo em vista que a pontuação é de suma importância para que uma frase faça sentido, preparamos algumas dicas para evitar alguns equívocos:
- A vírgula deverá ser empregada antes de conjunções coordenadas adversativas, sejam elas: entretanto, no entanto, contudo, todavia, mas e porém. Destaca-se que, caso seja necessário, essa pontuação pode sofrer alterações para se adequar ao texto.
Ex.: Ela é uma pessoa muito engraçada, mas está passando por um momento difícil.
- Há casos em que as conjunções exigem que a vírgula seja empregada após a menção no texto. Para tanto, alguns termos costumam ser utilizados, como “além disso” e “por exemplo”.
Ex.: Esse lugar é um encanto. Além disso, é muito barato.
- Sempre que houver a enumeração de diversos elementos, a utilização da vírgula será necessária.
Ex.: Eu gosto das frutas manga, banana, abacaxi e uva.
O uso do hífen
O novo acordo ortográfico causou muita confusão na cabeça dos estudantes. O hífen deixou de ser obrigatório em algumas palavras e permaneceu em outras.
Considerando que esse tema é largamente cobrado nas provas, preparamos uma explicação bem simples para tal:
- Quando a segunda palavra iniciar com ‘s’ ou ‘r’, as consoantes deverão ser duplicadas.
Ex.: Ele é o melhor contrarregra que já trabalhei.
- Quando o prefixo termina com uma consoante e a seguinte inicia com a mesma, o hífen permanece.
Ex.: Gosto dele porque é super-realista.
Sabemos que o Novo Acordo Ortográfico ainda não está claro para muitas pessoas, mas esse assunto ficará para o nosso próximo post.
Espero vocês!
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Tags do artigo: crase, Dicas, lingua portuguesa, Ortografia, plural, português, redação, vírgula,