4 dicas de Espanhol que você precisa aprender
Existem pelo menos 500 milhões de falantes nativos da língua espanhola, por isso aprender esse idioma pode abrir portas culturais e profissionais em várias partes do mundo. Só que não adianta confiar na semelhança com o Português.
Quem acha que basta adaptar algumas palavras acaba com dificuldades para se comunicar. O caminho para esquecer o portunhol de vez é o estudo. Agora, se você ainda não tem muita familiaridade com o linguajar de Cervantes e Pablo Neruda, estas dicas de Espanhol para iniciantes podem lhe ajudar.
Como são dois idiomas latinos, o Português e o Espanhol possuem características parecidas. É possível adivinhar, por associação dos termos, o contexto de uma conversa simples ou o tema de uma notícia, por exemplo. Porém, essa facilidade não leva ninguém muito adiante. A fluência na fala e na escrita exige conhecimento específico. Confira a seguir alguns truques para tornar seu aprendizado mais simples.
1. Respeite os sons das letras
Brasileiros são campeões em variar a sonoridade das palavras de acordo com a região onde vivem. O morango do carioca pode soar como “murango” e a carne vendida em Salvador é mais conhecida como “carrni”.
Em Espanhol, as regras são mais rígidas. A vogal “E” sempre tem som fechado. Você nunca ouvirá um hispânico pronunciá-la como “É” ou como “I”. O mesmo vale para o “O” (que soa como “Ô”, não como “Ó” ou “U”) e para o “A” (que permanece aberto, como em “casa”, e nunca se torna anasalado, como em “rã”).
Entre as consoantes, tanto “B” quanto “V” têm o mesmo som (o do nosso B de “bola”). O fonema do “S” (de “salsa”) também vale para o “Z”. Já o “J” dos hermanos, corresponde ao nosso “RR”, a exemplo de “gorro” e “amarra”.
A dica, então, é não se influenciar pela sonoridade do Português.
2. Observe os gêneros das palavras
Quando descobre que “viaje” é o termo em espanhol para “viagem” e que “coraje” é a tradução de “coragem”, um aluno esperto tende a associar a regra. Assim, “paisagem” e “chantagem” viram, respectivamente, “paisaje” e “chantaje”.
Até aí, tudo bem. O detalhe é que, na língua espanhola, todas essas palavras são do gênero masculino. Ou seja, não se fala “la viaje”, mas, sim, “el viaje”.
Isso serve para lembrar que nem sempre se encontram correspondências entre os dois idiomas. Além disso, pode haver exceções. “Vantagem”, por exemplo, é traduzida como “ventaja”, quebrando o padrão apresentado anteriormente.
3. Tenha cuidado com os falsos cognatos
Essa é uma das maiores armadilhas de quem se acostumou ao portunhol. Muitas expressões podem parecer uma coisa, mas significar algo completamente diferente. Uma das situações mais infames, e por isso mais citadas pelos professores, é a do turista que diz à moça: “Tengo que hacer una ligación, pero no quiero dejarte embarazada”.
Para um brasileiro, o sentido da frase poderia ser “tenho que dar um telefonema, mas não quero deixar-te encabulada”. O que o rapaz realmente disse, no entanto, é algo como “tenho que dar uma paquerada, mas não quero deixar-te grávida”. Constrangedor, no mínimo. Portanto, na dúvida, recorra a um dicionário antes de inventar uma tradução qualquer.
4. Observe os sotaques
Um último truque para aprender Espanhol de verdade é reparar nos diferentes sotaques. Existem mais de 20 países de habla espana oficial, fora as regiões em que o idioma tem alta penetração – como Miami, nos Estados Unidos.
O jeito de falar em cada lugar tem particularidades. Na Espanha, a letra “Z” é pronunciada entre dentes, meio sibilante. Na Argentina, enuncia-se o “L” duplo com chiado (“calle”, na fala, vira “cache”). Os portenhos também utilizam o pronome “vos” no lugar de “tu”, o que muda inclusive a conjugação verbal.
Fora isso, há as gírias e as expressões de cada localidade. O melhor jeito de compreendê-las é mergulhar nas culturas locais. Ouça músicas, assista a filmes e leia livros de diversas origens. Logo, logo você já estará fluente e identificará essas diferenças.
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